sábado, 30 de maio de 2009
To be, or not to be: that isn't the question
Talvez seja "ter ou ser", mas fico pensando que antes houvesse esse questionamento entre as pessoas. O que mais eu vejo por aí na verdade é "ter ou não ter".
Consumismo desenfreado, de gente que não liga pra si mesmo, pro mundo, pra sociedade ou pra suas próprias origens.
Não duvido da racionalidade (capacidade de pensar) das pessoas, o que dúvido, e com razão, é da razoabilidade (o bom uso da razão) delas.
Basta olhar as ruas, entupidas de carrões. O cidadão trabalha anos pra quê? Pra mostrar que ta bem de vida e comprar uma casa maior, um carro maior e ter uma aposentadoria mais gorda que a do vizinho. Nesse caminho não vê do que as pessoas são feitas, não ve que o universo é maior que seu próprio nariz. E nem que perdeu a vida toda pro sistema e que vai curtir o que da vida sem saúde (especialmente a mental). Muito menos que tanto faz um crossover v6 ou um carro 1.0, já que ele vai estar preso num congestionamento de qualquer forma.
Se ilude, diz que é pelo conforto. Dúvido que se sinta mais confortável em existir por ter mais do que alguém, visto que quando se for aquilo tudo não cabe com ele no caixão, que aliás é pago.
Isso me lembra uma letra do Lulu Santos: "O Retorno do Maia Intergalatico":
Querem saber se a raça humana sabe dar um passo para evoluir, ou se é pré-programada pra se destruir...
Prefiro a primeira, não duvido que saiba, mas a maioria, infelizmente, prefere a auto-destruição. Desejo-lhes insucesso no que se propõem
terça-feira, 19 de maio de 2009
Sobre o tempo e a eternidade...
Rubem Alves.Sobre o tempo e a eternidade.Campinas: Ed. Papirus, 1996
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Esse texto é um achado, exprime muito do que penso e sinto. E embora uma vida pensante não seja sinônimo de uma vida tranquila, ou como diz Andre Comte em seu belíssimo livro "O Amor a Solidão": embora a lucidez não anule nossa dor; ela é um caminho (ou tem sido o único caminho de Comte,o meu, o de tantos filósofos, músicos, escritores ) para amarmos a vida em sua plenitude, onde possamos então abandonar a razão (ou a verdade, ou a filosofia, ou a "balsa" com a qual atravessamos o rio).
Além da filosofia, o trecho diz muito sobre o esoterismo e a psicologia também. A "noite negra da alma", ou a "morte e ressureição", ou quantas metáforas quiserem usar para dizer o que os orientais dizem há tempos: da necessidade de nos libertar das fúteis esperanças que geralmente nutrimos, as esperanças exteriores. A esperança de um certo reconhecimento. Esperanças do ego. Há 3 possibilidades:
-Ou as aceitamos e somos os homens de gravata,
-ou as negamos parcialmente e corremos o risco de cair na bebida, ter depressão ou cortar a própria orelha,
-ou negamos até o fim, matamos o ego, destruimos a balsa, ou a ponte, e essa sim me parece uma vida plena, no amor pleno.
Para encerrar, duas frases de Maharishi:
"O jogo da vida se processa no interior, o conhecimento da vida é adquirido no interior: A ação da vida é executada no interior"
"A flor apenas desbrocha. Ela não precisa estar ciente da alegria que proporciona a todo o jardim"
Thiago Mori
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Pela Liberdade de Expressão
http://brnuggets.blogspot.com/2009/03/em-defesa-da-liberdade-e-do-progresso.html
É bem possível que o cara deve tenha parte na coisa... uma gravadora, uma editora, ou uma afiliada de uma rede de tv qualquer que tá perdendo ibope pra internet.
Não é imagino alguem tão burro, mesmo que seja o assessor do cara, já que a maioria dos nossos parlamentares não entende nem de português, que dirá de nossas leis.
O mais engraçado é o servidor fazer prova com leis pra ficar arquivando papelada e o cara que escreve a papelada toda não precisa. Falsa democracia. Todo mundo pode ser legislador, mas os que querem...
Talvez ele tenha feito duas semanas de reuniões na base do nosso dinheiro pra escrever que "é crime obter ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização ou em desconformidade à autorização, do legítimo titular, quando exigida"
A demacrocia virou demagogia, e o povo e seu populismo aplaudem de pé. Cabe a quem pensa um pouco mais tentar lutar, mas é difícil...
Assinem a petição: http://new.petitiononline.com/veto2008/petition.html
Se esse blog não estiver mais online amanhã, fica mais que provado que a democracia é só demagogia, e que há sim uma conspiração.
Thiago Mori
The Flaming Lips - Do you realize???
Você se dá conta?
Você se dá conta de que tem o rosto mais bonito?
Você se dá conta de que estamos flutuando no espaço?
Você se dá conta de que a felicidade te faz chorar?
Você se dá conta de que todo mundo que você conhece morrerá um dia?
E ao invés de ficar dizendo todos esses adeus prematuros, deixe-os saberem que você se dá conta de que a vida é curta e de que é difícil fazer as coisas boas durarem
Você se dá conta de que o sol não se põe, é só uma ilusão causada pela Terra girando?
Você se dá conta?
Você se dá conta de que todo o mundo que você conhece morrerá um dia?
E ao invés de ficar dizendo todos esses adeus prematuros, deixe-os saberem que você se dá conta de que a vida é curta e de que é difícil fazer as coisas boas durarem.
Você se dá conta de que o sol não se põe, é só uma ilusão causada pela Terra girando?
Você se dá conta de tem o rosto mais bonito?
Você se dá conta?
Original em : http://letras.terra.com.br/flaming-lips/149531/
Pois bem, respondendo uma pergunta recebida no post anterior, sobre ser ou não uma virtude revelar nossos sentimentos.
(Cabe deixar claro antes que seu chefe não precisa saber o quanto você o odeia.)
Revelar os próprios sentimentos é uma questão não só de virtude, como também de maturidade espiritual, psicológica. No caso de eu estar errado em minhas suposições, ao menos me faz bem.
Thiago Mori
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Pequeno Tratado das Grandes Virtudes
Polidez, Fidelidade, Prudência, Temperança, Coragem, Justiça, Generosidade, Compaixão, Misericórdia, Gratidão, Humildade, Simplicidade, Tolerância, Pureza, Doçura, Boa-Fé, Humor, Amor
Diz ainda que a Polidez não é propriamente uma virtude, mas a origem delas. Até mesmo porque há crapulas mais polidos do que eu você andando por aí. A criança aprende o que é certo sendo polida, e a repetição desses aspectos é que fazem com que interiorize as virtudes.
Partindo do pressuposto de que o tempo é algo completamente relativo, pouca importa se somos crianças ou não. Apenas olhe melhor para suas atitudes, repense-as, sempre dá tempo de voltar atras. Pouco importa se não mudam os fatos, pouco importa se o perdoam. O que importa é sua remissão pra si, em si, e os fatos, são apenas os fatos...
Thiago Mori
Tratado da Virtude
Ah, quantos nem supõe a verdadeira existência do ser humano, a existência do amor??? Pobres vidas...
Vidas se cansando, dia e noite, almas seduzidas pela "industria do lazer" Para o "homo economicus", é o que dá sentido a vida, as vezes... Mal supõem a existencia de uma força motriz que basta em si, que não quer nada em troca, que só quer amar o mundo a sua volta, que debilmente reluta em aceitar o seu amor.
Essa é a essencia da verdadeira espiritualidade,
"Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele. Ele abraçava as crianças e as abençoava, impondo-lhes as mãos". (Mc 10, 14-16)
Thiago Mori